terça-feira, 19 de julho de 2011

Skinhead não é o mesmo que Neonazista. Entenda por quê!


O estereótipo clássico dos integrantes do movimento skinhead.

Skinheads é uma subcultura juvenil que possui tanto aspecto musical como também estético e comportamental. Os skinheads se originaram na década de 1960, no Reino Unido, constituído em sua maioria por brancos e negros (imigrantes jamaicanos), reunidos pela música (ska, reggae, rude boys, etc.).

Um skinhead pode ser tanto um garoto quanto uma garota que têm afinidades e se sente bem com essa cultura. Apesar de a expressão skinhead ser traduzida como “cabeça pelada”, há skins que não seguem esse estereótipo, podem ter mais cabelo do que muitos que não são skins e se vestir totalmente contrário ao estilo mostrado pela mídia.

A cultura skinheads da década de 60 ficou famosa por promover confrontos nos estádios de futebol (confronto entre as torcidas dos times rivais, conhecido na Inglaterra como hooliganismo) e por alguns skins demonstrarem animosidade para com os paquistaneses e asiáticos. Mesmo tendo apatia por essas duas culturas, os skins dessa época eram contra os grupos neonazistas e não aceitavam o racismo contra negros, já que muitos desses skins eram descendentes de negros. A “segunda geração” de skinheads surgiu no final da década de 1970, essa mesclou a cultura do “espírito de 69” à cultura punk, mas na década de 1980, a cultura skinhead sofreu grandes mudanças, a principal delas foi a fragmentação da cultura em diversos submovimentos, pois nesse período, com a infiltração da política dentro da cultura skin, integrantes do movimento passaram a promover o racismo contra negros, a xenofobia, a homofobia e a cultivar as ideologias neonazistas. Por esse motivo, hoje temos skinheads de todos os estilos, há os skinheads que curtem a vida sem manifestar preconceito para com seu semelhante e os que demonstram uma animosidade extrema para com aqueles que se diferem de alguma forma, como a cor da pele.

Atualmente é comum os meios de comunicação e muitas pessoas associarem a palavra skinhead às agressões fascistas e grupos neonazistas, mas vale ressaltar que tradicionalmente os verdadeiros skins têm estado sempre à margem dessas atitudes condenáveis de agressões contra o próximo. Portanto, ao ouvir a expressão skinhead ou ao ver um simpatizante dessa cultura, não é bom rotulá-lo como a mídia faz, primeiramente devemos saber se aquele skin pertence à cultura originária na década de 60 ou aos grupos nascidos na fragmentação do movimento na década de 80.

Você quer saber mais?

http://www.brasilescola.com/sociologia/skinheads.htm

http://megaarquivo.wordpress.com/2011/05/04/3092-sociologia-o-que-e-o-neonazismo/

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Testemunhas de Jeová e o Holocausto. Querem esquecer deles?

Uniforme usado por Testemunhas de Jeová nos campos de concentração. Em destaque o triângulo roxo.

Triângulo Roxo era o símbolo identificador dos adeptos da religião Testemunhas de Jeová nos campos de concentração Nazi. Fazem parte das vítimas amiúde esquecidas do Holocausto.

Em 1933, ano em que foi assinada uma concordata em que a Alemanha nazi, de Hitler lançou uma campanha para aniquilar as Testemunhas de Jeová. No ano de 1935 elas estavam proscritas em toda nação ariana. Quando Hitler assumiu o poder disse em uns de seus discursos: "Esses chamados Fervorosos Estudantes da Biblia, que são pertubadores;...considero-os charlatães, não os tolerarei, por suas arrogantes denúncias aos católicos alemães e ao estado de direito por isso os dissolvo para sempre da Alemanha." Depois disto o estado Nazista desencadeou uma das mais bárbaras perseguições contra cristãos já registrada na História. Milhares de Testemunhas de Jeová na Alemanha, Áustria, Polônia, Tchecoslováquia, Países Baixos e França, dentre outros, foram lançados em campos de concentração.

Tratamento

Nos campos de concentração, as Testemunhas de Jeová precisavam explicar a outros prisioneiros o fato de estarem naquele local, já que muitos deles eram alemães, e não se enquadravam nos perfil dos outros presos: judeus, polacos, ciganos e homossexuais. A questão era a neutralidade política e militar que, segundo sua convicção e ensino, era de suma importância. "A Obediência a Jeová e a seu filho Jesus Cristo nos compele a nos abster de qualquer ideologia política, nosso reino já tem um Rei e entronizado".

Por esse símbolo (Triângulo Roxo) as Testemunhas de Jeová eram identificadas no campo de concentração.

No entanto, eram conhecidos como pessoas de boa moral e cumpridores da lei. Para muitos parecia um paradoxo: se não obedeciam as leis nazistas vigentes como poderiam ser bons cidadãos? Sua resposta era: "Dar a Cesar o que é de César, mas dar a Deus o que é de Deus". Acreditando neste conceito muitos foram brutalmente torturados e mortos pelo regime nazista.

Nos campos eles eram identificados por triângulos roxos. As Testemunhas de Jeová, diferentemente dos outros prisioneiros, podiam renunciar sua fé, pois era apenas ideológica, mas nem por isso perderam sua coragem e suas convicções. Por amor ao seu Deus, deram um grande exemplo de neutralidade. Homens e mulheres, crianças e idosos, sobreviventes ou mortos acreditam que estão na memória de seu Deus Jeová.-Livro Testemunhas de Jeová - Proclamadores do Reino de Deus


Se desejar saber mais sobre o tratamento recebido pelas Testemunhas de Jeová e outros durante o regime nazista na Alemanha, também poderá visitar o Museu do Holocausto em Washington (DC). Verá centenas de relatos de Testemunhas, mesmo alemãs, que foram perseguidas e mortas pelos nazis.

Você quer saber mais?

http://www.tiosam.org/enciclopedia/index.asp?q=Testemunhas_de_Jeov%C3%A1_e_o_Holocausto

http://www.tiosam.org/?q=Tri%C3%A2ngulo_roxo

http://www.tiosam.org/?q=Holocausto

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...